Você confiaria no fechamento da sua folha de pagamento sabendo que há fraude no controle de ponto da sua equipe?

Nós sabemos que o registro de jornada é uma tarefa do dia a dia. Tão comum que, muitas vezes, passa despercebida. 

Mas é justamente aí que mora o risco. Quando o controle de ponto não é levado a sério, ou pior, é manipulado, os impactos podem ser grandes: desde prejuízos financeiros até problemas sérios com a Justiça do Trabalho.

Infelizmente, as fraudes no controle de ponto ainda são mais comuns do que se imagina. Pode partir tanto do colaborador quanto do próprio empregador. 

Um pedido para “bater o ponto” no lugar de alguém, ajustes manuais fora do padrão ou até o uso de sistemas que permitem apagar registros, tudo isso pode parecer inofensivo, mas configura fraude.

E sim, a lei trata esse tipo de conduta com a devida seriedade. A boa notícia é que existem formas eficazes de prevenir esse tipo de problema.

Neste artigo, vamos conversar sobre o que caracteriza uma fraude no controle de ponto, quais são as consequências, tanto para a empresa quanto para o colaborador, e o que você pode fazer para evitar dor de cabeça e manter tudo dentro da lei. Portanto, se você é dono de empresa, gestor, ou trabalha com RH ou DP, esse conteúdo é para você.

Boa leitura!

O que é fraude no controle de ponto?

Fraude no controle de ponto, no fim das contas, é quando alguém tenta burlar os registros da jornada de trabalho

Pode ser o colaborador tentando fingir que trabalhou mais do que realmente trabalhou, ou a própria empresa tentando ajustar o ponto para pagar menos do que deve.

Um exemplo clássico? Quando um funcionário pede para alguém bater o ponto por ele, seja porque se atrasou, faltou ou saiu mais cedo. 

Outro bem comum é quem registra hora extra só no relógio, sem estar de fato trabalhando, só para aumentar o valor no contracheque. Mas também acontece do outro lado. 

Algumas empresas, infelizmente, alteram registros ou até apagam horários de entrada e saída para não pagar hora extra ou esconder uma carga horária acima do permitido. E isso, além de errado, pode sair muito caro.

Essas práticas são graves. Quando partem do colaborador, podem levar à demissão por justa causa. Quando vêm da empresa, abrem espaço para ações na Justiça do Trabalho, pagamento de multas e até danos morais.

No fim das contas, fraudar o ponto é mais do que um erro técnico. É um sinal de que algo está fora do lugar na cultura da empresa ou na forma como a gestão de pessoas está sendo feita. 

Por isso, vale a pena olhar com atenção para esse tema e buscar formas de prevenir o problema antes que ele vire uma dor de cabeça maior.

O que diz a lei sobre a fraude no controle de ponto?

A legislação trabalhista brasileira trata o registro de jornada como um documento oficial, que serve de base para cálculo de salário, horas extras, adicionais e até mesmo benefícios.

Quando esse registro é manipulado, seja por parte do colaborador ou da empresa, a situação deixa de ser um simples erro administrativo e passa a ser uma infração que pode gerar consequências graves.

No caso do empregado, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é clara: fraudar o ponto configura quebra de confiança e pode, sim, justificar uma demissão por justa causa. Isso vale tanto para quem altera o próprio ponto quanto para quem ajuda colegas nesse tipo de prática.

Já para a empresa, o risco é ainda maior. Se for comprovado que houve alteração intencional nos registros para reduzir pagamentos ou ocultar horas extras, por exemplo, o empregador pode ser acionado judicialmente, arcar com multas, pagar diferenças salariais retroativas e ainda sofrer danos à reputação da empresa.

Além disso, a Reforma Trabalhista manteve a obrigatoriedade de sistemas de controle de ponto em empresas com mais de 20 funcionários, reforçando a importância da transparência nesse processo. 

E se a empresa adotar sistemas eletrônicos, como o ponto digital, deve seguir as regras definidas por normas do Ministério do Trabalho, como a Portaria 671.

Ou seja, além de ser uma questão ética e de gestão, manter o controle de ponto em dia é uma obrigação legal. Ignorar isso pode custar muito mais caro do que parece, em todos os sentidos.

Quais são os principais tipos de fraude no controle de ponto?

Quem lida com gestão de pessoas sabe: o controle de ponto é uma daquelas rotinas que, quando não bem acompanhadas, podem virar dor de cabeça. 

E não é exagero. Existem várias formas de fraude que podem acontecer no dia a dia, muitas vezes sem que a empresa perceba de imediato. Vamos falar das mais comuns?

Ponto amigo (Buddy Punching)

Esse é o clássico. O “ponto amigo” acontece quando um colaborador bate ponto no lugar do outro. Às vezes é para “dar aquela força” pro colega que chegou atrasado, saiu mais cedo ou nem apareceu. 

Só que esse tipo de ajuda pode gerar problemas sérios. Pode virar hora extra que não existiu, ausência que virá presença no sistema… e por aí vai.

Tem pesquisas que mostram que mais da metade dos funcionários já se envolveram com esse tipo de situação em algum momento. Ou seja, não é algo raro, e sim algo que precisa de atenção.

Alterar os horários de propósito

Tem também quem faz o registro fora do horário real, de forma proposital. Por exemplo: bate ponto mais tarde, mas como se tivesse chegado no horário. 

Ou então registra saída depois do expediente para parecer que fez hora extra. Isso, claro, pode ser feito com ou sem a conivência da liderança, o que é ainda mais delicado.

Mexer no ponto depois que ele já foi batido

Nesse caso, a fraude pode partir de dentro da empresa. Acontece quando alguém, com acesso ao sistema, altera os horários para diminuir o pagamento de horas extras ou esconder que a jornada ultrapassou o permitido por lei. Além de ser ilegal, isso pode dar um problemão na Justiça do Trabalho se for descoberto.

Não bater o ponto de propósito

Outra prática comum, e nem sempre vista como fraude, é simplesmente não registrar a entrada, saída ou intervalos. Às vezes por hábito, às vezes por “desleixo” ou até para dificultar a comprovação da jornada. 

Mas quando isso vira rotina, prejudica tanto o cálculo correto da folha quanto o próprio controle da empresa sobre o que está acontecendo.

Como identificar sinais de fraude no controle de ponto no dia a dia?

Você sabe como identificar sinais de fraude no controle de ponto?

Nem sempre a fraude no controle de ponto aparece de forma escancarada. Muitas vezes, os indícios estão ali no detalhe, no comportamento que foge do comum ou em pequenos padrões que vão desaparecendo. E é justamente aí que entra o olhar atento da gestão.

Abaixo, listamos alguns sinais que merecem atenção:

Alterações de rotina suspeitas

Funcionários tendem a seguir uma certa regularidade nos horários: entrada, almoço, saída… Cada um tem seu ritmo. Por isso, quando essa rotina muda de forma brusca e sem explicação clara, vale a pena investigar.

Pode ser o caso de alguém antecipando ou esticando o ponto para simular horas extras. Às vezes, o colaborador tenta justificar dizendo que “precisou resolver algo”, mas se isso começa a acontecer com frequência, já acende um alerta. 

Jornadas repetidas com exatidão

Outro sinal típico são os registros de ponto sempre iguais. Entradas e saídas cravadas no mesmo minuto, dia após dia. Sabemos que, na prática, ninguém é tão pontual assim, e nem precisa ser.

Esse tipo de padrão pode indicar que o ponto está sendo ajustado manualmente ou até que há algum esquema de “ponto amigo” acontecendo nos bastidores.

Ponto registrado fora da área geográfica da empresa

Se o sistema utilizado permite controle por geolocalização (como em aplicativos de ponto digital), vale ficar atento a registros feitos fora da área da empresa ou do local autorizado de trabalho. 

Um ponto batido em outra cidade, por exemplo, é um claro sinal de irregularidade, especialmente se não há justificativa, como home office formal ou atividade externa.

Inconsistência entre jornada e produtividade

Outro ponto importante é observar a relação entre as horas trabalhadas e o que realmente foi entregue. 

Um colaborador que registra horas extras com frequência, mas não tem aumento proporcional de produtividade ou volume de tarefas concluídas, pode estar usando esse tempo a mais como forma de inflar o salário, sem necessidade real de prolongar a jornada.

Essas situações, quando analisadas isoladamente, podem até parecer inofensivas. Mas quando viram padrão, mostram que algo está errado.

Consequências para a empresa por fraude no controle de ponto

Quase se fala em fraude no controle de ponto, muitas pessoas pensam logo no funcionário tentando enganar o sistema. 

Mas a verdade é que a empresa também pode cometer esse erro, e, nesse caso, as consequências costumam ser ainda mais pesadas. 

Alterar registros de jornada, apagar as horas extras ou forçar ajustes para reduzir o que será pago no fim do mês não é só algo questionável. É uma infração legal que pode gerar prejuízos financeiros, processos e até danos à reputação da empresa. 

Veja alguns dos riscos mais comuns:

Processo trabalhista

Se o colaborador perceber que teve suas horas alteradas ou não recebeu seu salário devido a manipulações no ponto, ele pode procurar a Justiça do Trabalho.

E, nesse tipo de situação, a responsabilidade de provar que está tudo certo geralmente recai sobre a empresa.

A CLT, inclusive, é clara: quando a empresa não cumpre o que foi acordado em contrato, o empregado pode pedir a chamada “rescisão indireta”, que, na prática, é como se fosse uma demissão por justa causa da empresa. E aí os encargos são altos.

Indenizações e pagamentos extras

Se ficar comprovado que a empresa alterou o ponto de forma intencional para economizar, o juiz pode determinar o pagamento de todas as diferenças salariais, como horas extras não pagas, e ainda incluir uma indenização por danos morais, dependendo da gravidade do caso.

Isso sem contar os custos do processo, eventuais multas e o impacto negativo que esse tipo de situação pode causar dentro da equipe. 

Afinal, nada mina mais a confiança do time do que perceber que a própria empresa está agindo de forma desonesta.

Como o RH pode evitar a fraude no controle de ponto?

Quando o assunto é controle de ponto, o RH precisa estar atento para que tudo esteja registrado corretamente, com base em informações reais, o que é fundamental para que a folha de pagamento fique “redondinha” e sem surpresas.

Só que, para isso acontecer, não dá para confiar apenas em processos manuais ou no ‘bom senso’ de todo mundo.

Fraudes podem acontecer, sim, e o papel do RH é justamente antecipar esse risco e montar um sistema que funcione corretamente e de forma segura. 

Apostar na tecnologia é um bom começo

Uma das formas mais eficientes de evitar fraudes é modernizar o controle de ponto. Com a chegada da Portaria 671, as empresas passaram a ter mais liberdade para usar sistemas eletrônicos e digitais, e isso abriu um leque de possibilidades bem mais seguro do que o velho livro de ponto ou planilhas. 

Soluções eletrônicas oferecem recursos que ajudam a fechar brechas e dar mais transparência ao processo. E o melhor: facilitam a vida do RH também.

Por que o ponto eletrônico é mais seguro?

Além de registrar horários, o ponto eletrônico permite acompanhar a jornada dos colaboradores em tempo real. 

E mais, armazena tudo na nuvem, protege os dados contra alterações indevidas e ainda traz ferramentas antifraude como:

Biometria e reconhecimento facial

A biometria já é bastante usada por empresas que querem mais segurança no registro de ponto. 

Por meio da leitura das digitais, o sistema reconhece o colaborador de forma única, evitando que outra pessoa se registre no lugar dele.

Mas, o reconhecimento facial tem ganhado ainda mais espaço, principalmente por ser prático e extremamente preciso. 

Esse tipo de ferramenta analisa os traços do rosto do colaborador, garantindo que só ele consiga registrar sua jornada.

Reconhecimento de voz

Outra solução interessante é o uso do reconhecimento de voz para bater ponto. O sistema analisa características únicas da fala do colaborador, como tom, entonação e sotaque, para validar a identidade.

Geolocalização

A geolocalização é uma excelente aliada de empresas que têm equipes externas ou funcionários em home office. 

Com ela, é possível saber exatamente de onde o ponto foi registrado, o que evita registros feitos de locais não autorizados.

Portanto, a geolocalização ajuda a garantir que o colaborador está, de fato, onde deveria estar no momento do registro, e reduz drasticamente o risco de manipulação do sistema.

Aprovações em tempo real

Outra funcionalidade que pode fazer a diferença é a aprovação do ponto em tempo real. Isso significa que o sistema exige uma autorização prévia, geralmente do gestor ou supervisor, para que determinado dispositivo possa ser usado para o registro.

Ao utilizar desta ferramenta, você impede,  por exemplo, que um funcionário tente usar o celular do colega ou outro equipamento não autorizado para bater o ponto por ele. 

Além disso, o RH tem acesso instantâneo a essas informações, o que facilita o monitoramento e a tomada de decisões mais rápidas.

Como o dot8 ajuda você a evitar fraude no controle de ponto?

Qual é o melhor sistema para evitar fraudes no controle de ponto?

Se tem algo que todo gestor e profissional de RH quer evitar, é dor de cabeça com controle de ponto. E quando falamos em fraudes, o prejuízo pode ir muito além do financeiro, envolve confiança, clima organizacional e até o nome da empresa.

E é por isso que contar com o dot8 pode fazer total diferença. É um sistema que enxerga os riscos antes que eles virem problema.

O dot8 conta com um módulo de monitoramento de riscos trabalhistas, pensado justamente para ajudar empresas a identificar sinais de alerta na rotina da jornada de trabalho. 

Ele cruza os dados automaticamente e aponta situações que podem passar despercebidas no dia a dia, como:

  • Ausências frequentes sem justificativa;
  • DSRs não aplicados corretamente;
  • Horas extras acima do normal;
  • Intervalos descumpridos;
  • Registros fora de horário ou de local;
  • E até o “ponto britânico”, aquele com horários sempre idênticos, sem variação.

Tudo isso é sinalizado, em tempo real, com alertas simples e diretos. Assim, o RH não precisa esperar que o problema apareça na Justiça, ele já tem nas mãos as informações para agir antes.

Segurança real na marcação do ponto

No dot8, cada ponto registrado passa por medidas de segurança pensadas para evitar fraudes. Isso inclui:

  • Reconhecimento facial e de voz;
  • Validação por biometria ou senha com CPF;
  • Geolocalização, para garantir que o colaborador esteja no local certo;
  • Armazenamento em nuvem, com backups diários e validade de 5 anos.

Ou seja, o sistema elimina as brechas mais comuns e dá mais tranquilidade para quem cuida da jornada.

Gestão simples, visual e em tempo real

Através de dashboards práticas, o gestor ou time de RH consegue acompanhar tudo o que está acontecendo: jornadas, escalas, horas extras, banco de horas e muito mais. 

Os dados são organizados de forma clara e acessível, facilitando tanto a rotina operacional quanto as decisões estratégicas.

Com o dot8, você tem menos trabalho manual e mais controle. E, claro, reduz muito a chance de erro humano ou interpretações equivocadas dos dados.

Atendimento de verdade, com gente de verdade

Quem já precisou resolver algo com urgência e ficou preso em chat com robô sabe como isso atrapalha. Por isso, o suporte do dot8 é 100% humanizado

Você fala com profissionais preparados, que entendem do sistema e da rotina do RH, sem enrolação e sem respostas automáticas.

Esse cuidado no atendimento faz diferença no dia a dia. Afinal, quando o sistema é parceiro, o trabalho flui melhor.

Portanto, o dot8 é uma solução completa para quem quer segurança, agilidade e mais controle sobre a jornada dos colaboradores. 

E mais do que registrar ponto, ele ajuda a prevenir problemas, evitar fraudes e manter a empresa protegida contra riscos trabalhistas.

Se você quer uma forma mais moderna e confiável de lidar com o controle de ponto, o dot8 pode ser exatamente o que sua empresa precisa.

Deseja ver como funciona na prática? Fale com a nossa equipe agora mesmo e descubra como o sistema pode se adaptar à sua rotina.

Conclusão

Chegamos ao final de mais um artigo. Esperamos que você tenha compreendido a importância de combater a fraude no controle de ponto, um tema que, muitas vezes, passa despercebido, mas que pode trazer grandes dores de cabeça se não for tratado com seriedade.

Como vimos ao longo do artigo, a fraude pode partir tanto do colaborador quanto da própria empresa, e em ambos os casos, os impactos são reais: processos trabalhistas, prejuízos financeiros, perda de confiança da equipe e danos à imagem da empresa. 

O lado bom é que dá, sim, para prevenir esse tipo de situação. E a tecnologia tem um papel essencial nisso. 

Com o apoio de sistemas com o dot8, é possível transformar o controle de ponto em um processo muito mais seguro, transparente e alinhado com a legislação. 

Além disso, a gestão ganha mais visibilidade, agilidade e tranquilidade para focar no que realmente importa: as pessoas.

Se você chegou até aqui, provavelmente já entendeu que ignorar sinais de fraude não é mais uma opção. O caminho é estar um passo à frente, com informação, estratégia e as ferramentas certas ao seu lado.

Deseja continuar aprendendo sobre gestão de jornada, segurança trabalhista e boas práticas de RH? Então aproveite e explore outros conteúdos do nosso blog. Tem muita coisa útil te esperando por lá!

Até a próxima!