Fazer o registro correto das horas trabalhadas não é apenas uma exigência legal para empresas com 20 ou mais funcionários, mas também é essencial para evitar problemas como o ponto britânico.

Com um bom controle de ponto, é possível acompanhar com clareza a jornada de cada profissional, desde a entrada, pausas, saídas e outros insumos gerados.

Mas nem todo modelo é confiável. Um exemplo é o chamado ponto britânico, que repete os mesmos horários todos os dias, como se a rotina fosse sempre igual. 

A Justiça do Trabalho vê esse tipo de marcação com desconfiança, além de considerar que ela vai contra a realidade.

Na prática, ele pode ser considerado fraudulento, já que ignora os horários reais. E isso pode trazer problemas sérios para a empresa, como: multas, ações judiciais e outros passivos trabalhistas.

Sendo assim, vale a pena investir em um controle de ponto eletrônico que realmente reflita o dia a dia do time. 

Com um sistema digital seguro, que tenha conformidade com as leis, você garante que os dados sejam precisos, e que reflitam a verdade sobre a jornada de cada colaborador. 

Neste artigo, você vai compreender tudo sobre o ponto britânico, porque ele é proibido no Brasil, suas desvantagens e como fazer um registro de jornada da forma correta. 

Boa leitura!

Afinal, o que é o ponto britânico?

O chamado ponto britânico é uma forma de controle de jornada que registra sempre os mesmos horários de entrada e saída para os funcionários, todos os dias, sem variação. 

O nome vem justamente da ideia de “pontualidade britânica”, como se os colaboradores batessem o ponto sempre no mesmo minuto, sem atrasos, adiantamentos ou imprevistos.

Na prática, funciona assim: o funcionário registra que entrou às 8h, almoçou ao meio-dia e saiu às 17h, exatamente nesses horários, dia após dia. 

Esse tipo de controle é normalmente feito com um cartão de ponto manual, onde se espera que o colaborador siga esse padrão cronometrado sem qualquer desvio.

Só que a realidade do trabalho nem sempre cabe em horários tão exatos. Por isso, a legislação brasileira proíbe esse tipo de marcação.

Além de não refletir a jornada real, ela pode gerar sérios riscos legais para a empresa, e é sobre isso que falaremos no próximo tópico.

Por que o ponto britânico não é permitido por lei?

A legislação trabalhista brasileira é clara quanto ao uso do ponto britânico: esse tipo de registro, com horários idênticos todos os dias, não é considerado válido como forma de controle da jornada. 

Vejamos o que está previsto na Súmula 338 do Tribunal Superior do Trabalho (TST):

“Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.”

Na prática, isso significa que, se os registros forem sempre iguais, sem qualquer variação nos horários, eles serão dificilmente aceitos como prova em um processo trabalhista. E mais: a responsabilidade de comprovar a jornada real de trabalho passa a ser da empresa. 

Se a empresa não apresentar provas que contradigam o que o colaborador disse, a Justiça considera válida a versão apresentada por ele

Essa regra protege o trabalhador de possíveis manipulações nos registros e reforça a obrigação das empresas de manter um controle de ponto fiel à realidade.

Por isso, se sua empresa ainda utiliza registros com horários fixos e repetitivos, é hora de rever esse modelo! 

Evitar o ponto britânico não é apenas uma questão de boa prática, mas uma exigência legal que pode evitar grandes dores de cabeça no futuro.

Como o ponto britânico pode prejudicar a empresa?

Adotar o ponto britânico pode parecer prático à primeira vista, mas a longo prazo, esse modelo pode trazer grandes problemas para o empregador. 

Quando uma empresa desrespeita os direitos de um colaborador no momento do desligamento, aumentam as chances de ele acionar a Justiça.

E nesses casos, registros com horários sempre iguais são um dos principais gatilhos para ações trabalhistas.

Isso acontece porque horas extras estão entre as causas mais comuns de processos contra empresas, principalmente quando o controle é feito de forma manual. 

E o ponto britânico, por padronizar os horários sem refletir a realidade, enfraquece a defesa da empresa em situações assim.

Além dos riscos legais, esse tipo de registro também compromete a gestão do time. Sem dados reais, o RH perde a capacidade de fazer análises estratégicas, como identificar atrasos, faltas frequentes ou padrões de comportamento da equipe. 

Fica difícil tomar decisões acertadas quando a base de informação está distorcida. Segundo o art. 74 da CLT e o Decreto MTPS nº 3.626/92, a legislação exige apenas que sejam registrados os horários de entrada e saída do colaborador. 

Durante os intervalos, não é necessário marcar hora, basta indicar o tempo total de descanso.

Ou seja, não é preciso complicar. Basta que a marcação seja fiel ao que de fato acontece no dia a dia do colaborador. Isso protege a empresa legalmente e fortalece a gestão de pessoas.

Desvantagens do ponto britânico

A principal desvantagem do ponto britânico é o risco real de gerar passivos trabalhistas. Ao bater ponto em horários repetidos todos os dias, a empresa compromete a veracidade das informações e pode acabar respondendo judicialmente por horas extras não registradas, algo bastante comum em ações trabalhistas.

Mas os prejuízos vão além da esfera legal. Esse tipo de controle dificulta o trabalho do RH, que perde uma ferramenta essencial para analisar o comportamento e a rotina dos colaboradores. 

Sem dados confiáveis, fica quase impossível identificar padrões importantes, como absenteísmo, sobrecarga ou insatisfação no ambiente de trabalho.

O controle de jornada, quando feito corretamente, vai muito além de cumprir a lei: ele também ajuda a gestão a tomar decisões melhores, organizar equipes com mais eficiência e acompanhar indicadores estratégicos. 

Com registros reais, a empresa cria um ambiente mais transparente, fortalece a relação com os colaboradores e contribui para um clima mais produtivo e justo.

Já com o uso do ponto britânico, a situação se inverte: além do risco jurídico, há perda de produtividade, falhas na gestão e aumento da insatisfação entre os funcionários. 

Ou seja, trata-se de uma prática que, além de ilegal, também prejudica diretamente a saúde organizacional.

Por que o dot8 é a solução mais segura para evitar os riscos trabalhistas?

Como o dot8 ajuda a você evitar o ponto britânico?

Após entender os riscos que o ponto britânico pode trazer para uma empresa, desde ações trabalhistas até falhas na gestão de pessoas, fica claro que é preciso investir em um sistema confiável, moderno e alinhado à legislação. É aí que entra o dot8.

O dot8 desenvolve mais do que um simples aplicativo de registro de ponto: ele atende diretamente às necessidades reais das empresas que buscam agilidade, conformidade e segurança.

A plataforma vai além da marcação de horários: ela oferece ferramentas inteligentes para prevenir riscos trabalhistas, com dashboards que alertam sobre possíveis excessos de jornada, falhas no descanso semanal remunerado (DSR), entre outros pontos críticos.

Outro grande diferencial é o suporte especializado e humanizado. O dot8 disponibiliza assessoria jurídica com advogados credenciados, além de serviços de auditoria, e até a possibilidade de terceirizar a gestão da folha de ponto, tudo isso para que sua empresa esteja sempre em dia com a legislação.

Funcionalidades como geolocalização (mesmo offline), reconhecimento facial, senha vinculada ao CPF do colaborador, lembretes automáticos para batida e ajuste de registros tornam o uso ainda mais prático e seguro.

Ao adotar o dot8, sua empresa se afasta de práticas ultrapassadas e arriscadas, como o ponto britânico, e passa a contar com um sistema que promove transparência, reduz falhas humanas e fortalece a relação com os colaboradores. 

É tecnologia a favor da conformidade e da boa gestão. Então, se você deseja contar com um sistema de controle de ponto que garanta conformidade com as leis trabalhistas, o dot8 é a escolha certa. Entre em contato conosco agora mesmo e saiba mais!

Conclusão

Chegamos ao final de mais um artigo! Esperamos que você tenha compreendido que o ponto britânico, além de ser uma prática ilegal, compromete a gestão do tempo, enfraquece a defesa em processos trabalhistas e dificulta decisões estratégicas. 

Por isso, é fundamental que RH e DP adotem soluções de controle de ponto que reflitam a realidade da equipe e estejam alinhadas à legislação.

Se esse conteúdo ajudou você a repensar como sua empresa registra a jornada dos colaboradores, continue acompanhando nosso blog, pois temos sempre dicas para quem atua com RH e DP.

Até a próxima!