O absenteísmo e turnover são termos usados para explicar a quantidade total de colaboradores que deixam de trabalhar, seja por faltas ou atrasos.
Ambos podem afetar diariamente o desempenho de uma empresa. Quando suas taxas estão elevadas, é provável que os resultados e a produtividade sofram impacto, reforçando a importância de monitorar e agir preventivamente.
Pensando nisso, preparamos este texto para te ajudar a entender melhor sobre a importância de criar um plano de ação para reduzir os níveis de insatisfação dos seus funcionários.
Portanto, veja quais são os principais tópicos abordados ao longo do texto e boa leitura!
O que é absenteísmo?
Absenteísmo é a ausência do colaborador em suas funções, seja por faltas não justificadas, atrasos ou licenças médicas.
A palavra vem do latim absens, que significa “estar fora” ou “ausente”, refletindo qualquer período em que o colaborador deixa de cumprir sua jornada de trabalho.
Esse indicador mede o nível de assiduidade dos colaboradores e, quando elevado, pode ser um sinal de alerta para problemas de engajamento, saúde ou até mesmo clima organizacional.
Empresas com altas taxas de absenteísmo costumam sofrer com a queda na produtividade, já que a ausência frequente dos funcionários afeta diretamente o fluxo de trabalho e a entrega de resultados.
Entender e gerenciar o absenteísmo é fundamental para manter uma equipe motivada.
Monitorar esses indicadores pode ajudar a identificar causas como estresse, insatisfação ou questões pessoais, permitindo que a empresa crie estratégias de melhoria.
Quais são os tipos de absenteísmo?
Existem inúmeros motivos pelos quais os funcionários se ausentam do trabalho, e essas faltas podem ser enquadradas em 3 (três) categorias. Veja quais são!
Justificado
O absenteísmo justificado ocorre quando o colaborador comunica à empresa o motivo de sua ausência, seguindo as regras trabalhistas.
Geralmente, isso acontece com antecedência, permitindo que a empresa se organize melhor para lidar com a falta temporária do funcionário.
Entre os exemplos mais comuns estão:
- Licenças médicas;
- Consultas de saúde;
- Licença maternidade;
- Licença nojo;
- Licença paternidade.
Essas ausências, quando bem gerenciadas, evitam impactos negativos na produtividade da equipe e ajudam a manter a operação fluindo sem grandes interrupções.
Como calcular o absenteísmo?
Para calcular o absenteísmo, basta utilizar a fórmula abaixo:
- (quantidade média de colaboradores x total de dias úteis perdidos) / (quantidade média de colaboradores x total de dias úteis) = absenteísmo
Na prática, suponhamos que a sua empresa tenha 200 (duzentos) colaboradores e, ao longo de 1 (um) mês, 30 (trinta) deles faltaram ou chegaram atrasados, resultando em 2 (dois) dias úteis perdidos.
O cálculo, considerando que o mês teve 22 (vinte e dois) dias úteis, ficaria assim:
- (200 colaboradores x 2 dias úteis perdidos) / (200 colaboradores x 22 dias úteis) =
- 400 / 4.400 = 9 (taxa de absenteísmo).
Embora o ideal seja uma taxa de absenteísmo zero, atingir esse nível é um desafio quase impossível para qualquer empresa.
O objetivo é sempre manter esse percentual o mais baixo possível, o que requer uma gestão eficiente e estratégias que incentivem a presença e o comprometimento da equipe.
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Agora que você já entendeu o que é absenteísmo, seus tipos e como ele é calculado, continue a leitura, pois vamos falar um pouco sobre o turnover. Confira!
O que é turnover?
Turnover é a taxa que mede a rotatividade de colaboradores em uma empresa, ou seja, quantas pessoas saem e quantas entram em um determinado período (geralmente em um ano).
Essa métrica é essencial para entender o fluxo de talentos e a estabilidade da equipe.
As empresas costumam analisar o turnover total, mas ele também pode ser visto de forma mais detalhada, por departamento ou grupos demográficos, ajudando a identificar áreas com maiores desafios de retenção.
Portanto, entender o turnover permite criar estratégias para melhorar o clima organizacional e reduzir a saída de talentos.
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Quais são os tipos de turnover?
Além de medir a taxa de turnover, é fundamental que o RH entenda os motivos por trás das saídas dos funcionários.
As pessoas podem pedir demissão ou serem desligadas por diferentes razões, e categorizar essas saídas ajuda a identificar os fatores que afetam a rotatividade.
Veja a seguir como diferenciar os tipos de turnover e como analisá-los no contexto do RH:
Turnover involuntário
O turnover involuntário ocorre quando a empresa decide encerrar o contrato de trabalho de um colaborador, ou seja, a demissão parte do empregador, e não do empregado.
Listamos abaixo, 5 (cinco) principais razões para o turnover involuntário:
- Não cumprimento de metas;
- Baixo desempenho;
- Reestruturações internas;
- Problemas financeiros;
- Desalinhamento com a cultura da empresa.
Aproveite para ler também: Rescisão contratual: guia completo para a sua empresa!
Esses fatores refletem decisões estratégicas da organização e podem impactar diretamente o clima organizacional.
Turnover voluntário
Já o turnover voluntário ocorre quando a decisão de deixar a empresa parte do funcionário.
Nesses casos, é importante que o RH acompanhe o processo com atenção e estratégia, já que esse tipo de desligamento pode revelar pontos de melhoria para a empresa.
Logo abaixo, listamos 5 (cinco) fatores que podem motivar um pedido de demissão. Confira!
- Insatisfação com a liderança;
- Propostas melhores de outras empresas;
- Mudanças pessoais ou de carreira;
- Mudança de localização;
- Descontentamento com as tarefas.
Muitas vezes, o turnover voluntário está relacionado a algum nível de insatisfação com a empresa.
Uma entrevista de desligamento bem estruturada pode fornecer dados importantes para evitar novos casos e reduzir esses índices.
Agora, veremos os dois tipos de turnover voluntário: funcional e disfuncional, e seus impactos. Confira!
Turnover voluntário funcional
O turnover voluntário funcional acontece quando um colaborador solicita desligamento, mas sua saída não afeta significativamente as operações da empresa.
Isso geralmente ocorre quando a pessoa já apresenta baixo desempenho, não está alinhada com a cultura ou ocupa um cargo facilmente substituível no mercado.
Nesse cenário, a saída é considerada “funcional” porque otimiza os recursos da empresa.
Ao perder um colaborador que não atende mais às expectativas, a empresa tem a oportunidade de realocar ou substituir por alguém mais alinhado, sem grandes prejuízos para a equipe.
Turnover voluntário disfuncional
O turnover voluntário disfuncional pode causar grandes prejuízos para a organização, pois envolve a perda de colaboradores com habilidades essenciais para o sucesso da operação.
Abaixo, listamos 3 (três) exemplos de turnover voluntário disfuncional. Veja!
- Profissionais com habilidades especializadas e de difícil reposição;
- Colaboradores que frequentemente ultrapassam metas e entregam resultados excepcionais;
- Mulheres ou membros de grupos minoritários, cuja saída afeta negativamente a diversidade e inclusão da empresa.
Há ainda a divisão entre turnovers evitáveis e inevitáveis. No caso de situações inevitáveis, como mudanças pessoais ou de localização, a empresa tem pouca margem para intervenção.
Porém, em muitos casos, o que parece estar fora do controle pode ser gerido com ações preventivas, como melhorias no ambiente de trabalho e políticas de retenção.
Ter estratégias eficazes para identificar e minimizar essas perdas pode fazer a diferença no sucesso a longo prazo.
Como reduzir os índices de absenteísmo e turnover?
Mesmo com baixos índices de absenteísmo e turnover, a prevenção é essencial!
Sabendo disso, preparamos 4 (quatro) ações importantes para ajudar sua empresa a se antecipar a esse problema e agir de forma estratégica quando ele surgir. Confira!
1. Pergunte
Quando a taxa de turnover é alta, é essencial identificar se o problema está na empresa ou nos colaboradores.
Para isso, separamos algumas perguntas importantes que você deve fazer. Confira!
- Quanto a rotatividade está impactando financeiramente a minha empresa?
- Estou monitorando essa taxa ou sou pego de surpresa com pedidos de demissão?
- Quais funcionários apresentam atrasos recorrentes?
- Há colaboradores que costumam ficar além do horário de trabalho? Por quê?
- Existem justificativas claras para os atrasos frequentes?
- Qual é a taxa de absenteísmo entre os líderes?
Responder a essas questões ajuda a mapear soluções. Por exemplo, você pode perceber que o time de desenvolvimento estende frequentemente a jornada para completar tarefas importantes. Ao investigar, descobre que isso ocorre porque:
- As demandas mais urgentes chegam no fim do dia;
- Esses profissionais têm picos de produtividade no período da tarde.
Diante desse cenário, implementar horários flexíveis ou um modelo híbrido e home office pode ser uma solução.
Isso tende a reduzir o turnover, e aumentar a satisfação e retenção dos colaboradores, melhorando a performance da equipe.
2. Foque na motivação
Motivar os colaboradores deve ser um pilar na cultura empresarial. Profissionais engajados produzem mais, adoecem menos e têm menor propensão a buscar novas oportunidades.
Para alcançar esse nível de comprometimento, investir em políticas de incentivo e benefícios atrativos é essencial.
Um bom plano de carreira e reconhecimento contínuo ajudam a minimizar a concorrência.
Você pode querer ler também: Plano de cargos e salários: 7 dicas importantes para implementá-lo na sua empresa.
Mas lembre-se! Essas ações são investimentos no sucesso do seu capital humano, não apenas custos.
3. Elabore uma pesquisa de clima organizacional
É essencial não apenas avaliar internamente, mas também ouvir os colaboradores para compreender o clima organizacional.
Pesquisas de clima trazem informações e dados importantes, que podem ser transformados em ações inovadoras para melhorar a produtividade e reter talentos.
Faça perguntas que revelem possíveis conflitos entre colegas, falhas na liderança, falta de incentivos ou até se a concorrência está oferecendo melhores oportunidades em cargos e salários.
4. Invista em recrutamento e seleção
Por fim, e não menos importante, invista corretamente em recrutamento e seleção, pois a escolha equivocada na contratação pode impactar diretamente o absenteísmo e turnover da sua empresa.
Com o apoio da tecnologia, esse processo se torna muito mais eficiente.
Softwares de recrutamento e seleção fazem uma triagem inteligente de currículos, identificando candidatos que realmente se encaixam tanto na vaga quanto na cultura da sua empresa.
Esses sistemas também acompanham todas as etapas da admissão, garantindo que o novo colaborador esteja alinhado às exigências do cargo e ao propósito da empresa.
Esse alinhamento contribui para maior engajamento, retenção de talentos e redução do absenteísmo e turnover, promovendo um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
Conclusão
Chegamos ao final de mais um artigo! Ao longo da nossa discussão, você aprendeu que absenteísmo e turnover são indicadores que refletem a saúde organizacional de uma empresa.
Compreender suas causas e impactos é fundamental para desenvolver estratégias eficazes de gestão de pessoas.
Ao implementar ações como pesquisas de clima organizacional, programas de motivação e processos de recrutamento e seleção, você pode não apenas reduzir essas taxas, mas também promover um ambiente de trabalho mais harmonioso e produtivo.
Ah! Fica aqui uma última dica: Sempre invista no bem-estar e na satisfação dos funcionários para garantir a continuidade e o sucesso do seu negócio!
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Até a próxima!